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Ensino híbrido: que história é essa? É possível realmente executar essa nova forma de educação?

Em uma entrevista concedida à CNN, no programa “O mundo pós-pandemia”, Lilia Schwarcz, doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo, afirmou que o saber e a produção crítica das universidades não podem ficar “encastelados”. Evidentemente, as pesquisas científicas e o conhecimento de ponta produzido são essenciais, e devem continuar ocorrendo nesses espaços, mas é importante que se dê um “braço público” aos estudos desenvolvidos.

Considerando essa importância de criar uma ponte entre academia e novos espaços de disseminação de ideias e produção de discursos, Lilia criou uma conta no Instagram.  Não é fácil “sair do palácio”, conforma ela mesmo afirmou, mas, ao mesmo tempo em que lê comentários escritos com todas as letras maiúsculas, sugerindo raiva do interlocutor, ou vê emojis de caveira e bombas, esse ambiente também a ensina a dialogar, sobretudo no sentido de sair da própria bolha e lidar com múltiplas formas de pensar.

Ainda segundo a professora, no Brasil, diante de inúmeras situações, não se considera a lógica do “OU”, e sim a lógica do “E”. Com a internet não é diferente: embora, por meio dela, coloquemo-nos em bolhas, é também por meio dela que se furam um pouco essas bolhas. Nesse raciocínio, Lilia reflete sobre como pode usar as agressões sofridas para produzir discursos que valorizem a escuta para diferentes e novos públicos. Conforme o conceito de alteridade, de Rousseau, nós aprendemos com o outro, tornamo-nos melhores por meio do diálogo.

Certo. Mas o que isso tem a ver com ensino híbrido?  TUDO. 

É hora de falar sobre “Pontes.”

No instante em que ela cria a conta em uma rede social para produzir novos discursos que cheguem a perfis diferentes, as discussões e estudos desenvolvidos nos espaços acadêmicos vão além desses “castelos”, como ela mesma disse, e as chances de mais pessoas aprenderem e terem acesso a esses debates são muito maiores. Ao pensarmos em ensino híbrido, devemos pensar na função da escola e dos professores de construírem pontes, e de aproximarem o ambiente escolar do mundo tecnológico.

Antes de considerarmos algumas possibilidades práticas de ensino híbrido, pensemos na realidade da maioria das salas de aula antes da pandemia.

Na maior parte delas, seguramente você já deve ter visto mensagens como: “É proibido o uso de celular durante a aula”. As escolas regulares, sejam as de ensino fundamental ou médio, são, geralmente, “fortalezas” em que as novas tecnologias não costumam entrar. A aula em geral é um monólogo, com conteúdo previamente preparado pelo professor, e há pouco ou nenhum debate. Você já foi trabalhar uma proposta de redação com seus alunos e, ao perguntar a opinião deles sobre determinado tema, não teve resposta? Será que estamos estimulando nossos alunos a serem autônomos no processo de aprendizagem e produção escrita?

Parece que muitas escolas e professores se esqueceram de que a aprendizagem acontece nas interações diretas entre seres humanos, e, em março de 2020, quando as aulas presenciais foram suspensas, isso ficou ainda mais claro: a necessidade de adequação das aulas ao espaço virtual sem preparo prévio evidenciou os problemas de uma educação tradicional e pouco tecnológica, seja porque não se admitia o uso de celulares e tablets em sala de aula, pela falta de formação (e até interesse) de professores no uso de ferramentas virtuais, ou, ainda mais grave, pela falta de acesso à internet, situação que afeta milhões de brasileiros (25% da população, segundo o IBGE).

Quando pudermos voltar às aulas presenciais, não há como a educação desconsiderar o impacto das novas tecnologias na prática docente, e é nesse contexto que falaremos, de modo prático, sobre um sistema híbrido de ensino.

IMPORTANTE! Ensino híbrido não é o mero uso de tecnologia em sala de aula

Se, em uma aula de redação, trazemos vídeos, apresentações em data show e atividades em celular, isso, por si só, não define esse modelo de educação: o ensino híbrido transforma o processo de aprendizagem. Como?

Uma possibilidade é a chamada “sala de aula invertida”.

Normalmente, os professores de redação trabalham com temas diferentes por semana, ou a cada 15 dias. SUGESTÃO: apresente o tema da próxima semana com antecedência aos alunos, e peça para que eles busquem ideias, repertórios, ou mesmo definam a tese que defenderão. Pode ser criado um documento no Google Drive (veja esse exemplo – bit.ly/ehibrido) em que os estudantes colocarão as ideias e a turma acompanhará as discussões. Você poderá inserir comentários sobre as sugestões dos alunos e usá-los na preparação da sua aula, organizando as ideias em um projeto de texto. A interação será maior, e o processo de aprendizagem ocorrerá de forma ativa. Além disso, o tempo de aula presencial será direcionado ao trabalho com a elaboração do texto, visto que o conteúdo já foi discutido na semana anterior.

Outra possibilidade é a “aprendizagem baseada em projetos

Os alunos de primeiro ano do Ensino Médio normalmente estudam diferentes gêneros textuais ao longo dos bimestres. Um possível projeto que interligue diferentes gêneros e, ainda, promova a interdisciplinaridade, é a criação de um Podcast mensal. Funciona assim:

  1. No início de cada mês, a turma definirá um assunto a ser tratado no programa, que pode (e deve) dialogar com matérias que os alunos estejam estudando em outras disciplinas (por exemplo, o racismo estrutural).
  2. Os professores de história, geografia, literatura e sociologia apresentarão aos alunos fatos e análises sobre essa questão, e, nas aulas de redação, a turma criará o roteiro do podcast.
  3. Após o lançamento do programa, os alunos farão um Resumo, por exemplo, com as ideias principais discutidas no programa;

O mesmo fluxo se inicia no mês seguinte, com a definição de um assunto (por exemplo, as expectativas para o mundo pós-pandemia); professores de diferentes áreas apresentam ideias para a organização da pauta, e os alunos gravam o programa. Pode-se propor, em sala, que os alunos escrevam uma carta comentando o programa do mês anterior (Carta de leitor), e, desse modo, os gêneros podem ser trabalhados de modo orgânico, contribuindo para a interdisciplinaridade, tão fundamental a um aprendizado de qualidade.

Essas ideias são interessantíssimas, mas sabemos que a rotina de milhares de professores não contribui para a realização de atividades dinâmicas, já que demandam tempo fora da sala de aula. Sabemos ainda que, muitas vezes, não encontramos formação ou uma rede de apoio que nos permita compartilhar bons projetos entre docentes. Bom…não encontrávamos!

Nós, da Pontue, acreditamos que a boa educação se faz com troca e aprendizagem contínuas, e esse é um dos inúmeros espaços que oferecemos para que você possa encontrar possibilidades de atuação em sala de aula. Fique à vontade para usar essas ideias, modificá-las, e, especialmente, trazer outras ideias de ensino de redação.

Macunaíma dizia que ele era bom por falar duas línguas: o português escrito e o brasileiro falado. Também é hora de sermos bons em duas línguas: a virtual e a tecnológica, e compreender que uma não se sobrepõe à outra. O século XXI começa nesta pandemia. Escolas e professores que compreenderem a importância desse processo farão parte da revolução na educação da qual o Brasil tanto precisa. Aqui, saiba, você sempre encontrará pontes, nunca muros. Vamos juntos nessa? #aceleraprof

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