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Da faculdade para o mercado de trabalho – expectativa versus realidade

Quando ingressamos na faculdade, depois de um processo muito exaustivo de vestibular, estudos, pressão e incertezas, ficamos mais tranquilos. Depois da matrícula, respiramos fundo e dizemos: o pior já passou. Será?

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Logo quando recebemos a lista de matérias a serem cursadas em 4 ou 5 anos, percebemos que o vestibular foi apenas o começo e que estamos diante de uma vastidão de possibilidades que deixa qualquer um perdido.

No começo da graduação, só aulas introdutórias, nada de muito específico, fazer amizades, amar ou odiar cada professor que aparece na nossa frente. Porém, no segundo ano, começa a aparecer aquela pontinha de angústia, ainda mais se existir ou existiu, na sua turma, aquele(a) abençoado(a) que já descobriu a vocação da sua vida, está certo(a) de tudo e até já começa a trabalhar na área. No terceiro ano, a situação fica um pouquinho pior em relação à pressão para ter um emprego e, no quarto, o desespero é geral.

Há três opções:
1. Você não tem emprego e não tem ideia de como arrumar um;
2. Você tem um emprego mas não gosta dele;
3. Você é um(a) felizardo(a) que tem um emprego e ama o que faz e onde faz.

Para os casos 1 e 2, para quem ainda está na dúvida, algumas perguntas comumente surgem: sala de aula ou pesquisa acadêmica? Professor de gramática, literatura, redação ou interpretação de texto?

Qualquer que seja a escolha, logo fica claro que todos nós desenvolvemos, durante a graduação, nossas áreas de preferência, que elegemos para nos dedicarmos mais do que a todas as outras. No meu caso, a literatura sempre foi a minha maior paixão, e o que me fez decidir pelo curso de Letras e largar a Medicina (ora, vejam só). Durante a faculdade, fiz pesquisa acadêmica na área de literatura durante 4 dos 5 anos de graduação, apresentei trabalhos, escrevi artigos e cheguei a iniciar o Mestrado – ou seja, o objetivo central era a área de pesquisa em literatura brasileira contemporânea. Porém, comecei, ao mesmo tempo, a dar aulas, e descobri que eu também gostava de estar na sala de aula.

E tem outra: não era para dar aula de literatura, não! Eu comecei dando aulas de francês, depois comecei a trabalhar na Pontue, na área de redação, e até me aventurei a dar aulas de literatura, bem depois, voluntárias em um cursinho popular maravilhoso chamado CAPE, em Ribeirão Preto.

Embora fosse incrível fazer tudo isso, ainda existia aquele aperto no peito por ter desistido de algo que foi tudo o que importava para mim durante meia década. Porém, quanto mais eu me apaixonava pela sala de aula e pelo contato com os alunos, mais a pesquisa acadêmica foi deixando de ser o meu objetivo de vida, e foi aí que eu entendi: embora não pareça, está tudo bem mudar de ideia.

A universidade é um período de experimentações e de testes, em que aprendemos tanto sobre literatura, linguística e formalismo russo quanto sobre nós mesmos – quem eu sou e por que eu gosto mais disso do que daquilo? O que, na minha experiência de vida até aqui, me faz gostar mais de poesia do que de narrativa, ou mais do gerativismo do que do funcionalismo? Por que eu prefiro a sala de aula à pesquisa acadêmica, ou vice-versa? A cada descoberta, uma mudança e uma nova “queda”. Por mais que a mudança possa ser mal vista por aqueles – professores ou colegas de universidade – que “estão com tudo encaminhado”, ou que veem a sala de aula com maus olhos do alto dos seus projetos de pesquisa, todos nós estamos sujeitos a inúmeras transformações em busca do que nos completa.

Depois de tantas quedas, o mercado de trabalho nos apresenta mais algumas: o primeiro emprego (de verdade) nunca vem tão fácil e, quando aparece, nem sempre é exatamente aquilo por que a gente esperava. Então vem o segundo aprendizado: é preciso ser flexível.

Minha primeira queda
não abriu o paraquedas

daí passei feito uma pedra
pra minha segunda queda

da segunda à terceira queda
foi um pulo que é uma seda

nisso uma quinta queda
pega a quarta e arremeda

na sexta continuei caindo
agora com licença
mais um abismo vem vindo

(Paulo Leminski)

Como todas as mudanças que ocorrem conosco, algumas podem ser boas, e outras, ruins. Por experiência própria, o terceiro aprendizado é: se joga. Os casos estão por aí: o melhor professor de literatura que eu conheço era monitor e jamais pensou em pisar em sala de aula por conta da timidez. Se ele não tivesse arriscado, não estaria há mais de vinte anos deixando tantos alunos apaixonados por João Cabral de Melo Neto. Já o Eduardo Zenon – o melhor professor de redação que eu conheço – acabou na sala de aula por acaso, visto que a orientadora dele mudou de cidade e ele ficou sem ter com quem seguir o Mestrado.

No meu caso, tive a sorte de começar a trabalhar na Pontue com uma equipe sensacional e poder perceber, dia após dia, os efeitos da nossa dedicação quando as notas dos alunos sobem e eles ficam progressivamente mais perto de realizar o sonho de entrar na universidade, por exemplo, ou quando conseguimos manter um ambiente leve, descontraído e de interação com toda a equipe de corretores. E isso tudo sem eu jamais, nem uma única vez, ter sequer cogitado a hipótese de pensar a respeito de ser professora de redação, durante a graduação. 

Por mais que possa ser a melhor sensação do(a) jovem recém-formado(a) e proletário(a) ter um emprego que é exatamente aquilo que ele(a) sempre quis, nem sempre essa oportunidade vai aparecer, e, se surgir, pode não ser a primeira opção pensada. Mas, todos nós estamos em constante transformação, e você pode se encontrar em um lugar diferente do que pensava. O embate entre perspectiva e realidade não é, obrigatoriamente, ruim; pode ser, ao contrário, uma boa surpresa.

 

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