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Alunos autônomos: onde eles vivem? Do que se alimentam? Ainda é possível encontrá-los?

Você já ouviu falar no termo pais-helicópteros? Não? Pode ser que você seja um (caso tenha filhos), ou, como professor, certamente tem muitos alunos cujo pai e/ou mãe agem desse modo: sempre girando em torno dos filhos, superprotegendo-os (só que não).

Eu já tive um aluno que ficou de recuperação no final do ano, e a mãe escreveu as redações para ele. Foi um trabalho em vão, pois a diferença entre a letra da mãe e do filho era evidente, e a nota dos textos foi um belo zero.

Um estudo elaborado pela Universidade de Minnesota, publicado na revista Developmental Psychology, demonstra que esse comportamento ultracontrolador afeta a capacidade da criança e do adolescente em lidar de forma correta com as emoções e comportamentos. Isso, somado a uma realidade contemporânea em que as informações são facilmente acessadas pela internet, faz com que nós, professores, precisemos de lidar com essa “bomba”: uma série de alunos que não participam da aula (no contexto de pandemia e isolamento social, não ligam a câmera, sequer o microfone), e deixam de pensar por conta própria. Em aulas de redação (não apenas), um aluno que não exercita o pensamento crítico e que busca ideias prontas corre um sério risco, não apenas de um baixo desempenho no vestibular, mas o de não desenvolver a própria identidade (bom, eu já acredito que, daqui alguns anos, será difícil reconheceremos os rostos das pessoas, pois a harmonização facial predominará; diferente será aquele sem o rosto quadrado, mas isso é assunto para blogs de procedimentos estéticos). Continuemos.

Você se sente angustiado naquela aula de redação em que não vê mais os rostos dos alunos, pois as telas estão desligadas, e, ao invés de alguém responder alguma pergunta falando, escreve no chat? E eu que iniciei uma turma nova de redação mês passado (agosto/2020), e, ao pedir que os alunos novos liberassem a câmera para que eu soubesse para quem estou dando aulas, obtive um simpático NÃO (“fico com vergonha”; “estou desarrumado”; “ah…não vou ligar a câmera, se ninguém mais ligar”). Haja divã e meditação.

A questão central é que essa falta de proatividade, até coragem, para se expor está diretamente relacionada à formação desse jovem (muitas vezes em um ambiente familiar superprotetor e sem estímulos à autonomia). Não cabe a nós, professores, a responsabilidade única de resolver esses aspectos tão complexos que envolvem pais e filhos, tecnologia e outras questões que não sonham nossa vã filosofia, mas, ainda assim, podemos pensar em estratégias que estimulem a participação dessa galera.

Vamos ver algumas?

Trabalhar algum aspecto da redação a partir do Google Drive

Imaginemos que o foco da aula de redação é a elaboração de uma tese clara para o tema proposto (por exemplo: A gentrificação dos espaços urbanos e seus reflexos na sociedade).

Podemos criar um documento aberto no Drive, passar o link para os alunos e estabelecer um prazo para que eles escrevam a tese para o tema proposto, a partir de discussões feitas em sala. O legal dessa atividade é que não faremos “aquela pergunta sem resposta”. Deixaremos a orientação: “Pessoal, vocês entrarão nesse link e escreverão uma tese para o tema proposto. Em 15 minutos falaremos sobre as ideias que vocês apresentaram.”

Só não participará o aluno que, ao invés de estar assistindo à aula, está na piscina ou enrolado no edredom, no décimo terceiro sono (conheço “pais-helicópteros que acordam os filhos apenas para responderem a chamada – mas sem exposed por aqui).

Falamos um pouco mais sobre essas estratégias de ensino híbrido em outro post. Se quiser saber mais, clique aqui.

 

Trazer temas para a aula que estejam ligados à realidade dos alunos

Claro que isso não é sempre possível, mas pode ser um “primeiro passo” para quebrar essas “hélices” da falta de autonomia. Por exemplo: uma aula sobre cultura do cancelamento.  Seja no Tik tok, Twitter, Instagram ou diversas outras redes sociais, os alunos têm uma lista de artistas cancelados e descancelados. Começar pelo conhecimento deles sobre o assunto é uma estratégia interessante. E aí vai outra dica: quando valorizamos o repertório dos alunos, sem impor um conhecimento erudito como o único possível no texto, a chance de participação é maior.

A cada ano que passa, a dependência dos alunos por esquemas prontos de aprendizado se torna maior. Com a internet, então, achar aquela redação pronta de um tema parecido, ou o mesmo tema, é questão de um clique (por isso, também, quanto mais a proposta de redação escolhida por você for “menos cópia e cola”, melhor).

Essa nova realidade (nem tão nova assim), exige de nós reinvenção, o que gera mais esforço, e parece que nem sempre vale à pena. Esse vai ser o tema do nosso próximo post: Vale à pena ser professor hoje em dia?

Não fiz o exposed dos pais que acordam o filho para a chamada na aula online, mas vou dar o spoiler dessa última pergunta aqui: vale, muito.

Quer saber por quê? Então, acelera com a gente, e até o próximo post.

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